Como deve ser o relacionamento interpessoal do cristão
Nesta sociedade complexa, temos que lidar com todos os tipos de pessoas diariamente. A personalidade, os passatempos, os hábitos, o temperamento de cada pessoa são diferentes, portanto, em nossas interações, alguns conflitos e desentendimentos surgem inevitavelmente. Dar-se bem com os outros não é fácil. Essa questão traz grandes dificuldades ao nosso trabalho e à nossa vida, e pode ser física ou mentalmente prejudicial em vários graus. Embora muitas pessoas fiquem angustiadas com isso, elas também sentem que não têm como resolver o problema, e vários cristãos não são exceção. Então, o que exatamente devemos fazer para alcançar a harmonia em nossas interações? Aqui comunicaremos com simplicidade quatro princípios. Se nossa prática estiver de acordo com os quatro princípios abaixo, esses problemas interpessoais geradores de dor de cabeça certamente serão resolvidos.
O primeiro princípio para se dar bem com os outros é amar o próximo. O Senhor Jesus nos ensinou: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37-39). Está registrado em Mateus 18:21-22: “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.” Através desses versículos podemos ver que o Senhor exige que amemos o próximo, tenhamos um coração que perdoa, se sejamos tolerantes com os erros dos outros. Nós temos idades diferentes, calibres diversos, diferentes passatempos e experiências, e, além disso, possuímos fraquezas e deficiências, contudo, se a base de nossos relacionamentos interpessoais for construída sobre o amor mútuo e consideramos as coisas a partir da perspectiva do outro, nós viveremos menos conflitos e mal-entendidos e nos daremos bem com o próximo. Algumas pessoas têm amor pelos outros e um coração compassivo. Elas adoram ajudar os outros e são capazes de confortar aqueles que estão sofrendo e passando por dificuldades. Pessoas assim agradam a Deus e são queridas pelos outros. No entanto, aqueles que não têm amor pelos outros e sempre pensam em seus próprios interesses não podem se dar bem com o próximo. Mesmo que tenham amor pelos outros, ele é temporário e condicional. Essas pessoas só ajudam e são tolerantes com aqueles que são gentis com elas e nunca as feriram. Se alguém as machucar ou atingir seus interesses, embora pareçam tolerantes por fora, em seu coração elas estão cheios de insatisfação e ódio. Essas pessoas não praticam o caminho do Senhor. Elas são detestados por Deus e outros não gostam delas. Portanto, devemos praticar as palavras do Senhor em nossas interações e amar os outros como amamos a nós mesmos, como o Senhor exige. Só então poderemos interagir em harmonia com os outros. Mas talvez ainda existam momentos em que não conseguimos ser tolerantes, pacientes e perdoar os outros. Nesse tipo de situação, devemos orar mais ao Senhor e pedir a Ele que nos dê um coração de genuína tolerância e amor pelos outros. Quando realmente confiamos no Senhor para praticar tolerância e paciência, nossos preconceitos e insatisfações com os outros em nossos corações desaparecem aos poucos. No entanto, também existem princípios para amar aos outros como a nós mesmos. Deus não quer que amemos os outros cegamente. Devemos fazer como o Senhor Jesus que estava cheio de misericórdia e amor para com Seus crentes e seguidores, mas condenava e amaldiçoava os fariseus hipócritas que se opunham a Deus. As diferentes atitudes do Senhor em relação a esses dois tipos de pessoas englobam o caráter justo de Deus. Portanto, devemos tratar com amor e sinceridade os irmãos e irmãs que creem de verdade em Deus e praticam as palavras do Senhor com grande sinceridade. Quanto às forças de Satanás que se opõem e condenam a Deus, devemos traçar limites e distinguir com clareza entre amor e ódio.
O segundo princípio para interações harmoniosas é ter sabedoria. Em Mateus 10:16-17, o Senhor Jesus disse: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Acautelai-vos dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas…” Ser sábio nas interações com os outros é um princípio indispensável de prática para os cristãos. Isso ocorre porque, entre as pessoas com as quais interagimos, há cristãos que buscam a verdade, e há alguns que pertencem às forças inimigas que se opõem a Deus e odeiam a verdade. Estes últimos são especialmente enviados por Satanás para interromper e perturbar a obra de Deus. Se souberem dos negócios da igreja ou das informações pessoais de irmãos e irmãs, eles farão uso dessas coisas para nos atacar, julgar e condenar, ou até nos denunciar à polícia para nos prender. Portanto, devemos ter discernimento com pessoas assim e empregar sabedoria com elas. Além disso, sem dúvida encontraremos muitas dificuldades em nossas interações com os outros. A sabedoria também é necessária nesses momentos. Ser sábio não significa dizer coisas contrárias às nossas convicções para enganar os outros, mas para beneficiar os outros, bem como não causar dano a eles, a nós mesmos ou à igreja. Por exemplo, se vamos fazer ou dizer algo, devemos primeiro levar em consideração a personalidade da outra pessoa, que tipo de ação ou discurso será benéfico para ela, e garantir que ela não será prejudicada. Estas são algumas das práticas para lidar com pessoas com sabedoria. Somente nos comportando dessa maneira podemos alcançar harmonia em nossas interações.
O terceiro princípio é tratar os outros apropriadamente. O Senhor Jesus disse: “E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7:3-5). Quando estamos em conflito com os outros, nós sempre sentimos que a outra pessoa está errada ou que o problema está nela. De fato, em momentos como esse, nós estamos vivendo nosso caráter satânico de arrogância e presunção, sendo totalmente egocêntricos e diminuindo os outros. Não somos capazes de tratar os outros de maneira objetiva e justa. É por isso que devemos, primeiro, resolver nossos próprios caracteres corruptos, refletir e conhecer nossas próprias deficiências e dificuldades, e buscar a verdade em que devemos entrar. Só então, conseguiremos tratar os outros de forma adequada. Se sempre fixarmos nosso olhar nos defeitos dos outros, nunca conseguiremos nos dar bem com ninguém. Por exemplo, nós possuímos a tendência de ver as deficiências de nossos familiares quando passamos tempo com eles. Nós sentimos como se nosso cônjuge não soubesse cuidar do resto da família, como se ele fosse imprudente e sua comida não fosse do nosso gosto. Sentimos que nosso filho é temperamental e difícil de disciplinar, entre outras coisas. Quando estamos com nossos colegas e amigos, descobrimos que um dos nossos colegas é egoísta, outro tende a julgar as pessoas pelas costas, ou algum amigo gosta de se aproveitar dos outros, etc. Isso é muito angustiante para nós, porque não sabemos como lidar com eles. Na verdade, mesmo que a personalidade e o comportamento dos outros não sejam compatíveis com as nossas preferências, não devemos ter preconceito contra eles e tratá-los de qualquer maneira. Todos nós fomos corrompidos por Satanás. Nós mesmos possuímos alguns problemas, assim como os outros, portanto como podemos fazer exigências em relação às outras pessoas? Além disso, Deus concedeu diferentes pontos fortes e vantagens a cada um de nós, na esperança de que possamos absorver as forças dos outros para compensar nossas deficiências. Somente fazendo isso podemos progredir mais rapidamente. Com esse entendimento, quando os outros fazem algo que não gostamos, podemos nos negar, não pedir demais aos outros e não forçar o que achamos que é certo aos outros. Em vez disso, podemos, com consciência, descobrir os pontos fortes dos outros e absorver suas qualidades positivas. É dessa forma que tratamos os outros adequadamente. Além disso, em nossas ações, não devemos pensar apenas em nós mesmos, mas também precisamos ser atenciosos com os outros, aprender a cuidar deles com mais frequência e deixar que eles se beneficiem. Só então podemos nos dar bem com o próximo.
Acima estão os quatro princípios da prática em relação às interações harmoniosas com os outros que nós, como cristãos, devemos seguir. Se formos capazes de colocar esses quatro princípios em prática com frequência, muitas das nossas dificuldades com os outros serão facilmente resolvidas, nossa vida agradará ao Senhor e nos tornaremos pessoas que trazem alegria a Ele.
Por Hanxiao