Read more!
Read more!

Contemplando a aparição de Deus em Seu julgamento e Seu castigo

Como as centenas de milhões de outros que seguem o Senhor Jesus Cristo, nós obedecemos às leis e aos mandamentos da Bíblia, desfrutamos da graça abundante do Senhor Jesus Cristo e nos reunimos, oramos, louvamos e servimos em nome do Senhor Jesus Cristo — e tudo isso fazemos sob o cuidado e a proteção do Senhor. Muitas vezes somos fracos e muitas vezes somos fortes. Acreditamos que todas as nossas ações estão de acordo com os ensinamentos do Senhor. É evidente, então, que também acreditamos que nós mesmos trilhamos a senda de seguir a vontade do Pai no céu. Ansiamos pelo retorno do Senhor Jesus, por Sua gloriosa descida e pelo fim da nossa vida na terra, pela aparição do reino e por tudo que foi predito no Livro do Apocalipse: o Senhor vem, traz desastres, recompensa os bons e castiga os malignos e leva todos aqueles que O seguem e acolhem o Seu retorno para encontrá-Lo no ar. Toda vez que pensamos nisso, inevitavelmente somos tomados pela emoção, felizes por termos nascido nos últimos dias e termos a sorte de testemunhar a vinda do Senhor. Embora tenhamos sofrido perseguição, recebemos em troca “cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória”. Que bênção! Todo esse anseio e a graça concedida pelo Senhor nos tornam, com frequência, sóbrios para a oração e mais diligentes ao reunir-nos. Talvez no próximo ano, talvez amanhã, talvez ainda dentro de um período menor que o homem possa conceber, o Senhor descerá subitamente e aparecerá entre um grupo de pessoas que O têm esperado com solicitude ansiosa. Corremos para ultrapassar uns aos outros, ninguém quer ficar para trás, tudo isso para estar no primeiro grupo a contemplar a aparição do Senhor, para estar entre aqueles que serão arrebatados. Nós demos tudo, qualquer que tenha sido o custo, para a vinda desse dia, alguns desistindo do emprego, alguns abandonando a família, alguns renunciando ao casamento, alguns até doando todas as suas economias. Que atos altruístas de devoção! Tamanha sinceridade e lealdade certamente vão além até mesmo dos santos de eras passadas! Como o Senhor concede graça a quem quiser e tem misericórdia de quem quiser, acreditamos que nossos atos de devoção e gasto já foram contemplados por Seus olhos. Assim, também nossas orações sinceras já chegaram aos Seus ouvidos, e confiamos que o Senhor nos recompensará por nossa dedicação. Além disso, Deus foi gracioso conosco antes de criar o mundo, e ninguém pode tirar as bênçãos e as promessas que Ele nos deu. Estamos todos planejando para o futuro e por via de regra transformamos nossa devoção e nosso despender em moedas ou capital para trocar pelo nosso arrebatamento para encontrar o Senhor no ar. Além disso, sem a menor hesitação, nós nos colocamos no trono do futuro, para presidir sobre todas as nações e todos os povos, ou para governar como reis. Tudo isso pressupomos como certo, como algo a ser esperado.

Desdenhamos todos os que são contra o Senhor Jesus; todo final seu será apenas aniquilação. Quem lhes disse que não deviam acreditar que o Senhor Jesus é o Salvador? É claro que há momentos em que imitamos o Senhor Jesus em sermos compassivos com as pessoas do mundo, pois elas não entendem, e é correto sermos tolerantes e perdoá-las. Tudo o que fazemos está de acordo com as palavras da Bíblia, pois tudo o que não se conforma à Bíblia é heterodoxia e heresia. Uma crença desse tipo está profundamente enraizada na mente de cada um de nós. Nosso Senhor está na Bíblia, e, se não nos afastarmos da Bíblia, não nos afastaremos do Senhor; se obedecermos a esse princípio, ganharemos a salvação. Incentivamos uns aos outros, cada um apoiando o outro, e cada vez que nos reunimos, esperamos que tudo que dizemos e fazemos esteja de acordo com as intenções do Senhor e seja aceito pelo Senhor. Apesar da hostilidade severa do nosso ambiente, nosso coração está cheio de alegria. Quando pensamos nas bênçãos tão fáceis de alcançar, há algo a que não possamos renunciar? Há algo do qual relutamos em nos separar? Tudo isso está implícito, e tudo isso está sob os olhos vigilantes de Deus. Nós, esse punhado de necessitados que foram salvos do monturo, somos como todos os seguidores comuns do Senhor Jesus: sonhamos em sermos arrebatados e abençoados e em governarmos todas as nações. Nossa corrupção foi exposta aos olhos de Deus, e nossos desejos e nossa cobiça foram condenados aos olhos de Deus. No entanto, tudo isso acontece de modo tão banal e tão lógico que nenhum de nós se pergunta se os nossos anseios são corretos, e menos ainda duvida da exatidão de tudo o que defendemos. Quem pode conhecer as intenções de Deus? Exatamente que tipo de senda é essa que o homem percorre, não sabemos procurar nem explorar; e estamos menos ainda interessados em perguntar. Pois só nos importamos com se podemos ser arrebatados, se podemos ser abençoados, se há um lugar para nós no reino dos céus, e se partilharemos da água do rio da vida e do fruto da árvore da vida. Não é para ganharmos essas coisas que cremos no Senhor e nos tornamos Seus seguidores? Nossos pecados foram perdoados, nós nos arrependemos, bebemos o cálice amargo do vinho e colocamos a cruz nas nossas costas. Quem pode dizer que o Senhor não se deleitará em aceitar o preço que pagamos? Quem pode dizer que não preparamos óleo suficiente? Não queremos ser aquelas virgens tolas ou um daqueles que foram abandonados. Além disso, oramos constantemente, pedindo ao Senhor que nos proteja de sermos desorientados por falsos cristos, pois a Bíblia diz: “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, desorientariam até os escolhidos” (Mateus 24:23-24). Todos nós memorizamos esses versículos da Bíblia; nós os conhecemos de cor e os vemos como um tesouro precioso, como vida e como carta de crédito que decide se podemos ser salvos ou arrebatados…

Por milhares de anos, os vivos morreram, levando consigo seus anseios e sonhos, e ninguém realmente sabe se eles foram para o reino dos céus. Os mortos retornam, tendo esquecido todas as histórias que ocorreram no passado, e ainda seguem os ensinamentos e as sendas dos antepassados. E desse modo, à medida que os anos e os dias passam, ninguém sabe se nosso Senhor Jesus, nosso Deus, realmente aceita tudo o que fazemos. Tudo que podemos fazer é esperar um desfecho e especular sobre tudo o que acontecerá. No entanto, Deus manteve Seu silêncio durante todo o tempo, nunca aparecendo para nós, nunca falando a nós. E assim, segundo a Bíblia e de acordo com os sinais, nós deliberadamente fazemos julgamentos sobre as intenções e o caráter de Deus. Ficamos acostumados com o silêncio de Deus; nós nos acostumamos a medir os erros e os acertos de nosso comportamento através da nossa maneira de pensar; nós nos acostumamos a depender do nosso conhecimento, nossas noções e nossa ética moral no lugar do que Deus exige de nós; nós nos acostumamos a desfrutar da graça de Deus; nós nos acostumamos a Deus nos prover auxílio sempre que precisamos; nós nos acostumamos a estender nossas mãos a Deus por todas as coisas e a mandar em Deus; também nos acostumamos a nos conformar aos regulamentos, sem prestar atenção em como o Espírito Santo nos conduz; além disso, nos acostumamos aos dias em que somos nosso próprio mestre. Acreditamos em um Deus como esse, que nunca encontramos face a face. Questões como qual é Seu caráter, o que Ele tem e é, como é Sua imagem, se vamos ou não conhecê-Lo quando Ele vier, e assim por diante — nada disso é importante. O importante é que Ele esteja em nosso coração, que todos nós O aguardemos, e basta que sejamos capazes de imaginar que Ele é desse ou daquele jeito. Apreciamos nossa fé e valorizamos nossa espiritualidade. Consideramos tudo excremento e pisoteamos todas as coisas sob os pés. Porque somos crentes do glorioso Senhor, não importa quão longa e árdua seja a jornada, não importa quais sejam as dificuldades e os perigos que caiam sobre nós, nada pode deter nossos passos enquanto seguimos o Senhor. “O rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. De ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações. Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão, e verão a Sua face; e nas suas frontes estará o Seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 22:1-5). Toda vez que recitamos essas palavras, nosso coração transborda de alegria e satisfação irrestrita, e lágrimas escorrem dos nossos olhos. Graças ao Senhor por nos escolher, graças ao Senhor por Sua graça. Ele nos deu cem vezes nesta vida e nos deu a vida eterna no mundo vindouro. Se Ele nos pedisse para morrermos agora, faríamos isso sem a menor queixa. Senhor! Por favor, vem em breve! Não demores mais um minuto, nem mesmo um segundo, pois ansiamos desesperadamente por Ti e abandonamos tudo por Ti.

Deus está em silêncio e nunca apareceu para nós, mas a Sua obra nunca parou. Ele observa toda a terra, comanda todas as coisas e contempla todas as palavras e ações do homem. Ele conduz Sua gestão com passos mensurados e de acordo com Seu plano, em silêncio, sem efeitos dramáticos, mas Seus passos se aproximam, um por um, da humanidade, e Seu trono de julgamento é instalado no universo à velocidade de um raio, imediatamente seguido pela descida de Seu trono entre nós. Que cena majestosa é essa, que quadro imponente e solene! Como uma pomba e como um leão que ruge, o Espírito vem em nosso meio. Ele é sabedoria, justiça e majestade, e vem sorrateiro em nosso meio, exercendo autoridade e cheio de amor e compaixão. Ninguém está ciente da Sua vinda, ninguém saúda a Sua vinda e, além disso, ninguém sabe tudo o que Ele está prestes a fazer. A vida do homem continua como sempre; seu coração não está diferente, e os dias passam como de costume. Deus vive entre nós, um homem como outros homens, como um dos seguidores mais insignificantes e um crente comum. Ele tem as próprias buscas, os próprios objetivos; e, além disso, tem divindade que os homens comuns não possuem. Ninguém percebeu a existência de Sua divindade, e ninguém percebeu a diferença entre Sua essência e a do homem. Vivemos juntos com Ele, sem restrições e sem medo, pois, aos nossos olhos, Ele nada mais é do que um crente insignificante. Ele observa cada movimento nosso, e todos os nossos pensamentos e ideias são expostos diante Dele. Ninguém se interessa por Sua existência, ninguém imagina qualquer coisa sobre Sua função e, além disso, ninguém tem a mínima suspeita sobre Sua identidade. Apenas prosseguimos com nossas buscas, como se Ele não tivesse nada a ver conosco…

Por acaso, o Espírito Santo expressa uma passagem de palavras “através” de Si e, embora pareça bastante inesperado, mesmo assim a reconhecemos como uma declaração vinda de Deus e prontamente a aceitamos de Deus. Isso porque, independentemente de quem expressa essas palavras, desde que venham do Espírito Santo, devemos aceitá-las, e não podemos negá-las. A declaração seguinte poderia vir através de mim, através de você ou através de outro. Seja quem for, tudo é a graça de Deus. Ainda que não importe quem seja, não devemos adorar essa pessoa, pois, apesar de tudo mais, ela não pode ser Deus, tampouco, de modo algum, escolheríamos uma pessoa comum como esta para ser nosso Deus. Nosso Deus é tão grande e honrado; como alguém tão insignificante poderia ocupar o Seu lugar? Além disso, estamos esperando que Deus chegue e nos leve de volta para o reino dos céus, e como alguém tão insignificante estaria qualificado para uma tarefa tão importante e árdua? Se o Senhor vier novamente, deve ser sobre uma nuvem branca, para que todas as multidões o vejam. Quão glorioso será! Como é possível que Ele consegue se esconder sorrateiramente em meio a um grupo de pessoas comuns?

E, no entanto, é essa pessoa comum, escondida no meio das pessoas, que está fazendo a nova obra de nos salvar. Ele não nos dá explicações, nem nos diz por que veio, mas simplesmente faz a obra que pretende fazer com passos mensurados e de acordo com o Seu plano. Suas palavras e declarações se tornam cada vez mais frequentes. Desde consolar, exortar, lembrar e advertir, a reprovar e disciplinar; desde um tom que é gentil e amável a palavras que são intensas e majestosas — tudo isso confere misericórdia ao homem e instila nele tremor. Tudo o que Ele diz acerta em cheio os segredos profundamente escondidos dentro de nós; Suas palavras pungem nosso coração, aguilhoam nosso espírito e nos preenchem de vergonha insuportável, e mal sabemos onde nos esconder. Começamos a nos perguntar se o Deus no coração dessa pessoa realmente nos ama, e o que exatamente Ele pretende fazer. Talvez só possamos ser arrebatados depois de suportar tais sofrimentos? Em nossa cabeça, calculamos… a destinação que está por vir e nossa sina futura. Ainda assim, como antigamente, nenhum de nós acredita que Deus já assumiu a carne para operar entre nós. Mesmo que tenha nos acompanhado por tanto tempo, embora Ele já tenha falado tantas palavras face a face conosco, continuamos indispostos a aceitar alguém tão comum como o Deus do nosso futuro, e estamos menos ainda dispostos a confiar o controle do nosso futuro e destino a essa pessoa tão insignificante. Dele, desfrutamos de um suprimento inesgotável de água viva, e por meio Dele vivemos face a face com Deus. Mas somos gratos apenas pela graça do Senhor Jesus no céu, e nunca prestamos a menor atenção aos sentimentos dessa pessoa comum, possuidora de divindade. Ainda assim, como antes, Ele faz a Sua obra, humildemente escondido na carne, expressando a voz de Seu coração mais íntimo, como se insensível a ser rejeitado pela humanidade, como se perdoando eternamente a infantilidade e a ignorância do homem, e sempre tolerando a atitude irreverente do homem para Consigo.

Sem que soubéssemos, esse homem insignificante nos conduziu para um passo após o outro da obra de Deus. Passamos por incontáveis provações, suportamos inumeráveis castigos e somos testados pela morte. Aprendemos sobre o caráter justo e majestoso de Deus, desfrutamos também de Seu amor e misericórdia, apreciamos o grande poder e sabedoria de Deus, vemos a amabilidade de Deus e contemplamos a intenção ávida de Deus de salvar o homem. Nas palavras dessa pessoa comum, chegamos a conhecer o caráter e a essência de Deus, a entender Suas intenções, a natureza essência do homem, e vemos o caminho da salvação e da perfeição. Suas palavras nos fazem “morrer” e nos fazem “renascer”; Suas palavras nos trazem conforto, mas também nos deixam arruinados pela culpa e por um senso de endividamento; Suas palavras nos trazem alegria e paz, mas também dor infinita. Às vezes, somos como cordeiros para o abate em Suas mãos; às vezes, somos como a menina dos Seus olhos e desfrutamos de Seu tenro amor; às vezes, somos como Seu inimigo e, sob Seu olhar, somos transformados em cinzas por Sua ira. Somos a raça humana salva por Ele, somos os vermes aos Seus olhos, e somos os cordeiros perdidos que Ele está determinado a procurar dia e noite. Ele é misericordioso para conosco, Ele nos despreza, Ele nos eleva, Ele nos conforta e nos exorta, Ele nos guia, Ele nos esclarece, Ele nos castiga e disciplina e até nos amaldiçoa. Ele Se preocupa conosco noite e dia, nos protege e cuida de nós dia e noite, nunca sai do nosso lado, mas derrama o sangue do Seu coração por nós e paga qualquer preço por nós. Dentro das declarações desse corpo de carne pequeno e comum, temos desfrutado a totalidade de Deus e visto a destinação que Deus nos concedeu. Apesar disso, a vaidade ainda incita problemas em nosso coração, e ainda não estamos dispostos a aceitar ativamente uma pessoa como essa como nosso Deus. Embora Ele nos tenha dado tanto maná, tanto para desfrutar, nada disso pode usurpar o lugar do Senhor em nosso coração. Honramos a identidade e o status especial dessa pessoa somente com grande relutância. Enquanto Ele não abrir Sua boca para pedir que reconheçamos que Ele é Deus, nunca assumiremos a responsabilidade de reconhecê-Lo como o Deus que está prestes a vir, mas que tem operado entre nós por tanto tempo.

Deus continua Suas declarações, empregando vários métodos e perspectivas para nos admoestar sobre o que fazer, ao mesmo tempo que dá voz ao Seu coração. Suas palavras carregam o poder da vida, nos mostram o caminho que devemos trilhar e nos permitem entender o que é a verdade. Começamos a ser atraídos por Suas palavras, começamos a nos concentrar no tom e na maneira de Sua fala e subconscientemente começamos a nos interessar pelos sentimentos mais íntimos dessa pessoa normal. Ele chega a cuspir o sangue do Seu coração ao trabalhar por nós, perde o sono e o apetite por nossa conta, chora por nós, suspira por nós, geme em doença por nós, sofre humilhações para o bem da nossa destinação e salvação, e nosso entorpecimento e rebeldia fazem Seu coração sangrar e chorar. Esse modo de ser e ter não pertence a uma pessoa comum, tampouco pode ser possuído ou alcançado por nenhum ser humano corrompido. Ele demonstra tolerância e paciência que nenhuma pessoa comum possui, e Seu amor é algo de que nenhum ser criado é dotado. Ninguém além Dele pode conhecer todos os nossos pensamentos, ou ter tal compreensão de nossa natureza e essência, ou julgar a rebeldia e a corrupção da humanidade, ou falar conosco e operar em nós dessa maneira em nome de Deus do céu. Ninguém além Dele é dotado da autoridade, a sabedoria e a dignidade de Deus; o caráter de Deus e o que Ele tem e é se revelam Nele em sua totalidade. Ninguém além Dele pode nos mostrar o caminho e nos trazer a luz. Ninguém além Dele pode revelar os mistérios que Deus não revelou desde a criação até hoje. Ninguém além Dele pode nos salvar da escravidão de Satanás e de nosso caráter corrupto. Ele representa Deus. Ele expressa o coração mais íntimo de Deus, as exortações de Deus e as palavras de julgamento de Deus para toda a humanidade. Ele iniciou uma nova era e trouxe um novo céu e uma nova terra, uma nova obra, e nos trouxe esperança, encerrando a vida que levávamos na incerteza e capacitando todo o nosso ser a contemplar, em total clareza, a senda da salvação. Ele conquistou todo o nosso ser e ganhou nosso coração. Daquele momento em diante, nosso coração se tornou consciente, e nosso espírito parece reavivado: essa pessoa comum e insignificante, que vive entre nós e há muito tem sido rejeitada por nós — não é ela o Senhor Jesus, que está sempre em nossos pensamentos, estejamos acordados ou sonhando, e por quem ansiamos noite e dia? É Ele! É realmente Ele! Ele é nosso Deus! Ele é o caminho, a verdade e a vida! Ele nos permitiu viver novamente, ver a luz e impediu nosso coração de se vaguear. Voltamos para a casa de Deus, retornamos diante de Seu trono, estamos face a face com Ele, testemunhamos Seu semblante e vimos a estrada à frente. A essa altura, nosso coração foi completamente conquistado por Ele; não duvidamos mais de quem Ele é, não mais nos opomos à Sua obra e palavra, e nos prostramos diante Dele. Não desejamos nada além de seguir as pegadas de Deus pelo resto de nossa vida, de sermos aperfeiçoados por Ele, de retribuir Sua graça e Seu amor por nós, de obedecer às Suas orquestrações e arranjos e de cooperar com a Sua obra, fazendo tudo que pudermos para completar o que Ele nos confia.

Ser conquistado por Deus é como uma luta de artes marciais.

Cada uma das palavras de Deus atinge um de nossos pontos letais e nos deixa feridos e cheios de terror. Ele expõe nossas noções, imaginações e nosso caráter corrupto. Desde tudo o que dizemos e fazemos até cada um de nossos pensamentos e ideias, nossa natureza essência são revelados por Suas palavras, colocando-nos num estado de medo e tremor e sem lugar para escondermos nossa vergonha. Ele nos diz tudo sobre cada uma das nossas ações, objetivos e intenções, e até mesmo sobre o caráter corrupto que nós mesmos nunca descobrimos, fazendo-nos sentir completamente expostos e até mesmo plenamente convencidos. Ele nos julga por nossa oposição a Ele, nos castiga por nossas blasfêmias e condenação a Ele, e nos faz sentir que, aos Seus olhos, não temos um único aspecto que nos possa remir, que somos o Satanás vivo. Nossas esperanças são frustradas; não mais nos atrevemos a fazer quaisquer exigências insensatas a Ele nem a abrigar quaisquer planos referentes a Ele, e até mesmo nossos sonhos desaparecem da noite para o dia. Esse é um fato que nenhum de nós pode imaginar e que nenhum de nós pode aceitar. Dentro de um instante, perdemos nosso equilíbrio interior e não sabemos como continuar na estrada à frente ou como continuar em nossas crenças. Parece que nossa fé voltou à estaca zero e que nunca nos encontramos com o Senhor Jesus nem O conhecemos. Tudo diante de nossos olhos nos deixa perplexos e nos faz vacilar, indecisos. Ficamos desanimados, desapontados, e no fundo do coração há raiva e desgraça irreprimíveis. Tentamos desabafar, encontrar uma saída e, além disso, tentamos continuar esperando por nosso Salvador Jesus para podermos derramar nosso coração para Ele. Embora haja momentos em que, por fora, parecemos estar equilibrados, nem arrogantes nem humildes, em nosso coração somos afligidos por um sentimento de perda que jamais sentimos antes. Embora às vezes pareçamos excepcionalmente calmos por fora, nossa mente é agitada por tormentos, como um mar tempestuoso. Seu julgamento e castigo nos despojaram de todas as nossas esperanças e sonhos, pondo um fim aos nossos desejos extravagantes e deixando-nos pouco dispostos a acreditar que Ele é nosso Salvador, capaz de nos salvar. Seu julgamento e castigo abriram um abismo tão profundo entre nós e Ele que ninguém está sequer disposto a tentar atravessá-lo. Seu julgamento e castigo são a primeira vez que sofremos tamanho revés e tamanha humilhação em nossa vida. Seu julgamento e castigo nos permitiram apreciar verdadeiramente a honra de Deus e Sua intolerância da ofensa do homem, em comparação com a qual somos extremamente inferiores e impuros. Seu julgamento e castigo nos fizeram perceber, pela primeira vez, quão arrogantes e pomposos somos e como o homem nunca será igual a Deus nem estará no mesmo nível de Deus. Seu julgamento e castigo nos fizeram desejar não viver mais em tal caráter corrupto, livrar-nos desta natureza essência o mais rápido possível, e não sermos mais repugnantes e detestáveis para Ele. Seu julgamento e castigo nos deixaram felizes em se submeter e obedecer a Suas palavras, sem mais nos rebelar contra Suas orquestrações e arranjos. Seu julgamento e castigo nos deram, mais uma vez, o desejo de sobreviver, e nos fizeram felizes em aceitá-Lo como nosso Salvador… Saímos da obra de conquista, saímos do inferno e do vale da sombra da morte… Deus Todo-Poderoso nos ganhou, ganhou este grupo de pessoas! Ele triunfou sobre Satanás e derrotou todos os Seus inimigos!

Somos apenas um grupo comum de pessoas possuídas de um caráter satânico corrupto, somos os predestinados por Deus antes das eras e os necessitados que Deus tirou do monturo. Antes rejeitamos e condenamos a Deus, mas agora fomos conquistados por Ele. De Deus, recebemos a vida e o caminho da vida eterna. Não importa onde estamos na terra, quaisquer que sejam as perseguições e tribulações que suportamos, não podemos estar separados da salvação de Deus Todo-Poderoso. Pois Ele é o nosso Criador e a nossa única redenção!

O amor de Deus se estende como a água de uma fonte, e é dado a você, a mim, e aos outros, e a todos aqueles que verdadeiramente buscam a verdade e aguardam a aparição de Deus.

Assim como o sol e a lua sempre nascem alternadamente, a obra de Deus nunca cessa e é realizada sobre você, sobre mim, sobre os outros, e sobre todos aqueles que seguem as pegadas de Deus e aceitam Seu julgamento e castigo.

23 de março de 2010

Share